segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Dia da Infância

Recebi uma mensagem pelo Facebook lembrando que hoje é o Dia da Infância. Dia de relembrar os tempos em que tudo era brincar. Eu nem sabia que este dia especial para lembrar a infância existia,
mas foi bom saber. Nem sempre a gente tem tempo ou se lembra de lembrar da infância. E se o Dia da Infância não foi criado para lembrar a nossa infância, me desculpem, eu quero entender que aproveito para dizer da minha infância.
Lembro a infância como um tempo de ouro, muitas brincadeiras, algumas briguinhas, muito carinho, poucos castigos, muitas obrigações e muitos brinquedos.
Lembro que me enrolava em sonhos, dançava no quintal, me escondia dos fogos de São João.
Lembro uma infância feliz, sem ranços, que durou 11 anos de plenitude.
Por esta infância feliz sou muito grata aos meus pais que me deram este conforto de lembrar da minha infância como tempos de ouro.
Meu Pai era o Senhor das brincadeiras, o Doutor das bonecas, não rejeitava um carinho, sempre tinha uma brincadeira nova para as Trianas.
Minha Mãe mais austera se ocupava das obrigações, dos cuidados, dos remédios e, de vez em quando de uns beliscões que não machucavam, além dos carinhos maternais.
Esta infância feliz foi também presenteada pela presença dos meus Avós, Tios e muitos Primos queridos, os encontros, as brincadeiras e o convívio tão frequente que criaram laços de amor e de união que nunca serão desatados.
Hoje é o Dia da Infância, dia de lembrar a minha infância que foi muito bonita e privilegiada pela família que me criou.
Para mim durou 11 anos, quando a vida do meu Pai foi tão prematuramente ceifada levando com ela minha infância feliz.
Se a pergunta fica para mim como lembro minha infância, não posso negar, lembro como o privilégio de ter sido amada, ou me sentido amada.
Lembro as trelas também e de depois ter que escrever 100 vezes "Não devo fazer ....".
Lembro de passear no Aeroporto com Papai pelo simples prazer de admirar aviões. Imaginem admirando um DC3 e depois o Constellation!
Lembro de passear no Cais do Porto, vendo navios gigantescos, e depois tomar o mais famoso Leite Maltado da cidade do qual sinto imensa saudade.
Do hot-dog que, na época só tinha na casa da minha avó paterna com salsicha inteira comprada na Casa dos Frios.
E de assistir a passeata de 7 de setembro da varanda do antigo Grande Hotel e de lá também admirar
os movimentos da Ponte Giratória, esta absurdamente perdida pelos desmandos da modernidade.
A este Dia e à pergunta "como lembro minha infância", respondo para minha prima Maria Beatriz que sendo quem lembrou o Dia e quem foi fiel companheira e testemunha dos feitos e desfeitos,  merece uma resposta; fomos muito felizes.
Sim, Maria Beatriz, minha infância foi uma época de ouro!


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