domingo, 22 de agosto de 2010

Carta

Querido
Afinal cheguei na minha varanda! Tanto tempo... Levei a cadeirinha de balanço para nela sentar e olhar o mar. Você lembra da cadeirinha em que tanto sentou, balançando com sua camisa listrada, contando histórias? Da minha varanda eu abraço o horizonte, o mar que vai e volta, quando vai leva todas as minhas dores nas suas águas cinzentas, quando volta cheio de águas azuis, vem carregado de lembranças, tantas lembranças...
Já é noite alta e o mar sereno me trouxe você, tão completo, tão perfeito! Lembro o quanto lhe amei, ou mesmo lhe amo! E aqui estou lhe escrevendo.
Quero lhe contar que meus cabelos estão mais brancos, minha cintura já não sé mais tão fina, mas meu coração continua o mesmo, cheio de sonhos!
Está tão frio, vou entrar, durma bem, volte logo...