terça-feira, 31 de maio de 2016

Meu Alazão

Eu via meu alazão de tão perto
Eu via meu alazão de tão longe
Às vezes ele passava trotando 
Outras calmamente 
em passo de dança
Quando passava longe, acenava
As vezes tão perto, tão perto
Um salto e eu montaria
Ele, acho que esperava este salto
Eu, tola, não via, me encolhia
E o tempo galopava
     galopava na minha frente
Depois de tanto tempo,
    meu alazão, de tanto correr,
    cansou, sem água para beber;
nem deu tampo de socorrê-lo.
Tomei-o no colo em agonia!
Ah, meu alazão tão querido
Oh! Deus! Ele está tão ferido!
O tempo, o tempo passou!
Meu alazão tão querido,
     triste, triste se afastou,
levando a ferida que sangrou!

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Sem Palavras

A minha Neguinha  pegou o caminho das estrelas…
Hoje ela vai brilhar no céu,
E se há um céu de animais minha Neguinha é que mais merece
Minha Pretinha atrapalhada,
tanto que foi amada
teve este fim cruel
de ser sacrificada
porque deixá-la viver
seria mais cruel ainda
Minha Neguinha, NegaFlor, Pretinha
A todos os nomes ela atendia,
Sorria mostrando os dentes
levantando o beiço sorriso da Nega
que lhe fazia cócegas 
e ela tanto tanto espirrava.
A minha Neguinha dormiu 
a cabecinha nas minhas mãos
Cantei cantigas de ninar
Torturada pela inocência dela
não sabia que estava marcada
a hora de ser encantada!
Sem palavras pra esta dor