sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Volto Dedilhando

Volto dedilhando com um só braço ativo.
Um minuto que passa e o mundo desaba
Revirada na vida, sem respeito, sem licença
Uma queda, caí, quebrou...
É a sina da dor...
Fratura assim sem razåo,
Doi a fratura que quebra
Doi o braço fraturado
Doi o ombro que segura o braço
Doi o corpo que segura o ombro
Doi a cabeça que pensa na queda
e no que vem depois da queda,
que rompe o caminho, muda o amanhã,
eu que não posso perder mais tempo...
Consola o carinho de quem me acolhe,
os cuidados, uma fruta, um chocolate,
curativos para a dor física, afagos para o coração.
Gratidão é como posso retribuir,
porque carinho, amor, compreensão
não tem preço!
Este instante atrevido, me joga pra trås
e eu, tolamente, tento sorrir.
Volto pra minha Torre da Boa Vista,
Volto dedilhando, busco refúgio
Chego eu numa encruzilhada,
Onde abrigo meu coração...
Deus, que caminhos foram estes por onde andei,
que plantas cultivei, os frutos, as flores...
Eu caí, não quis cair, mas caí,
Será que quem me viu cair
Sofre mais  do que quem cai?
eu que caí e não queria cair
e quebrei meu braço de cristal?
Devo pedir desculpas porque caí.
Peço desculpas por minhas fraquezas.
Afinal tenho sorte, só quebrei um braço....




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